



O TEATRO É PURO CINEMA | LEITURA ENCENADA
O TEATRO É PURO CINEMA
de Alvaro Garcia de Zúñiga
tradução: Jorge Melícias
encenação e dramaturgia: Teresa Albuquerque, com Fábio Costa, Fernando Mora Ramos e José Luís Ferreira (no Teatro é puro Cinema, ao vivo, em cena) Fernando Lopes, Ana Zanatti, Miguel Azguime, Fernán García de Zúñiga, Sérgio Praia, João Cabral, Maria João Seixas, Lili Mazev, António Feijó, Fernando Vendrell e Fernando Mascarenhas (no Cinema é puro Teatro, gravados, em bites)
Vinte e dois anos depois da sua estreia, na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II, a blablaLab e o Teatro da Rainha regressam ao texto que anuncia o modo alvariano: um teatro musical, polifónico, transdisciplinar, sem personagens. Uma peça coral para intérpretes, vozes off e imagens em movimento, revisitada em versão Manuel sur Scène, dispositivo de leitura orquestrada desenvolvido pelo autor para explorar as infinitas possibilidades da(s) língua(s) e das suas linguagens.
“O teatro abre os parênteses: os actores-reactores imaginam todo um filme. Criam uma janela que é a de um avião, porque o teatro voa. Com ele o tempo voa e faz-nos voar. Alto. Ao mesmo tempo, dentro de um avião, os passageiros assistem a um filme catástrofe e inventam logo a seguir outro. E o avião cai sobre o teatro em plena representação. Morre toda a gente. Na autópsia abre-se um crânio como quem abre uma caixa de Pandora e fecha-se o parêntese.” Alvaro García de Zúñiga, Abril de 1999
Ficha técnica
Cenário: Teresa Albuquerque, a partir da ideia de obra-instalação de Alvaro García de Zúñiga “Fauteil pour voir la télé”
Instalação “Poltrona para ver televisão”: Enrico Gaido, Henrique Manuel Bento Fialho
Gravações, edição audio e canções novas: Eduardo Raon
Realização vídeos novos : Elsa Loff
Programa “O Cinema é Puro Teatro” : Teresa Albuquerque e Eduardo Raon
Luzes: Pedro Pires Cabral, Lucas Keating
Edição vídeo, som e montagem: Lucas Keating
O Programa “O Cinema é Puro Teatro” inclui imagens da estreia no TNDMII, os programas “O único problema são os atores” com Ana Zanatti, e “A ele conheço-o desde pequeno” com Maria João Seixas, e ainda o programa “Pontos nos I!” com Maria João Seixas e Fernando Mascarenhas, realizados pela equipa da criação em 1999, e ainda “O único problema são os atores” com Lili Mazev, realizada em 2009, por Alvaro García de Zúñiga.
e as Intervenções audiovisuais da versão de 2021:
“Jesus Ignácio de la Fuente Bergamota Noera” com António Feijó, “O Elefante Pato” e “Hugo, o Formigo-comendo” com Fernando Vendrell, filmagens e edição de Elsa Loff, gravações áudio de Eduardo Raon, anotação, Renata Amorim,
e a peça “Freezing Utopia” gentilmente cedida pelo artista Enrico Gaido.
Produção: Ana Pereira, José Luís Ferreira
Assistente de Produção e de Cena: Rebeca Vendrell
“O Teatro é Puro Cinema | Leitura encenada é uma co-produção Teatro da Rainha& blablaLab, com o apoio da Fundação da Casa de Mateus e do O’culto da Ajuda.
Representações 2021 :
18 de Setembro, 18:00 Espaço Miguel Torga em Sabrosa
23, 24 de Setembro, 21:30 Teatro de Vila Real
29, 30 de Setembro, 21:30 Sala Estúdio do Teatro da Rainha, Caldas da Raina
27 e 28 de Outubro, 19:00 O’culto da Ajuda. Lisboa
Apoios:
A Companhia Teatro da Rainha tem o apoio da DGARTES / Ministério da Cultura
O projeto “Palavras Cruzadas” tem os apoios do Teatro Muncipal de Vila Real, Espaço Miguel Torga em Sabrosa, Teatro Municipal de Bragança e da Fundação da Casa de Mateus com um financiamento da CCDR-N Norte 2020.
O TEATRO É PURO CINEMA | Reposição
“O teatro é pura fit… cinema” / leitura Impro(vável)visada | Art’s Birthday 2020″

O TEATRO É PURO CINEMA | LEITURA ENCENADA
O TEATRO É PURO CINEMA
de Alvaro Garcia de Zúñiga
tradução: Jorge Melícias
encenação e dramaturgia: Teresa Albuquerque, com Fábio Costa, Fernando Mora Ramos e José Luís Ferreira (no Teatro é puro Cinema, ao vivo, em cena) Fernando Lopes, Ana Zanatti, Miguel Azguime, Fernán García de Zúñiga, Sérgio Praia, João Cabral, Maria João Seixas, Lili Mazev, António Feijó, Fernando Vendrell e Fernando Mascarenhas (no Cinema é puro Teatro, gravados, em bites)
Vinte e dois anos depois da sua estreia, na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II, a blablaLab e o Teatro da Rainha regressam ao texto que anuncia o modo alvariano: um teatro musical, polifónico, transdisciplinar, sem personagens. Uma peça coral para intérpretes, vozes off e imagens em movimento, revisitada em versão Manuel sur Scène, dispositivo de leitura orquestrada desenvolvido pelo autor para explorar as infinitas possibilidades da(s) língua(s) e das suas linguagens.
“O teatro abre os parênteses: os actores-reactores imaginam todo um filme. Criam uma janela que é a de um avião, porque o teatro voa. Com ele o tempo voa e faz-nos voar. Alto. Ao mesmo tempo, dentro de um avião, os passageiros assistem a um filme catástrofe e inventam logo a seguir outro. E o avião cai sobre o teatro em plena representação. Morre toda a gente. Na autópsia abre-se um crânio como quem abre uma caixa de Pandora e fecha-se o parêntese.” Alvaro García de Zúñiga, Abril de 1999
Ficha técnica
Cenário: Teresa Albuquerque, a partir da ideia de obra-instalação de Alvaro García de Zúñiga “Fauteil pour voir la télé”
Instalação “Poltrona para ver televisão”: Enrico Gaido, Henrique Manuel Bento Fialho
Gravações, edição audio e canções novas: Eduardo Raon
Realização vídeos novos : Elsa Loff
Programa “O Cinema é Puro Teatro” : Teresa Albuquerque e Eduardo Raon
Luzes: Pedro Pires Cabral, Lucas Keating
Edição vídeo, som e montagem: Lucas Keating
O Programa “O Cinema é Puro Teatro” inclui imagens da estreia no TNDMII, os programas “O único problema são os atores” com Ana Zanatti, e “A ele conheço-o desde pequeno” com Maria João Seixas, e ainda o programa “Pontos nos I!” com Maria João Seixas e Fernando Mascarenhas, realizados pela equipa da criação em 1999, e ainda “O único problema são os atores” com Lili Mazev, realizada em 2009, por Alvaro García de Zúñiga.
e as Intervenções audiovisuais da versão de 2021:
“Jesus Ignácio de la Fuente Bergamota Noera” com António Feijó, “O Elefante Pato” e “Hugo, o Formigo-comendo” com Fernando Vendrell, filmagens e edição de Elsa Loff, gravações áudio de Eduardo Raon, anotação, Renata Amorim,
e a peça “Freezing Utopia” gentilmente cedida pelo artista Enrico Gaido.
Produção: Ana Pereira, José Luís Ferreira
Assistente de Produção e de Cena: Rebeca Vendrell
“O Teatro é Puro Cinema | Leitura encenada é uma co-produção Teatro da Rainha& blablaLab, com o apoio da Fundação da Casa de Mateus e do O’culto da Ajuda.
Representações 2021 :
18 de Setembro, 18:00 Espaço Miguel Torga em Sabrosa
23, 24 de Setembro, 21:30 Teatro de Vila Real
29, 30 de Setembro, 21:30 Sala Estúdio do Teatro da Rainha, Caldas da Raina
27 e 28 de Outubro, 19:00 O’culto da Ajuda. Lisboa
Apoios:
A Companhia Teatro da Rainha tem o apoio da DGARTES / Ministério da Cultura
O projeto “Palavras Cruzadas” tem os apoios do Teatro Muncipal de Vila Real, Espaço Miguel Torga em Sabrosa, Teatro Municipal de Bragança e da Fundação da Casa de Mateus com um financiamento da CCDR-N Norte 2020.
O TEATRO É PURO CINEMA | Reposição
“O teatro é pura fit… cinema” / leitura Impro(vável)visada | Art’s Birthday 2020″

DISCURSO SOBRE O FILHO-DA-PUTA DE ALBERTO PIMENTA (Copy)
FERNANDO MORA RAMOS - encenação,
MIGUEL AZGUIME - composição
A música no “Discurso sobre o filho-da-puta”
Desde há muito que procuro fomentar no meu trabalho, um estado de “integração” entre o semântico e o fonético - música enquanto texto e texto enquanto música, talvez pelo ofício múltiplo que caracteriza a minha actividade artística, repartida entre o intérprete, o performer, o compositor e o poeta.
Abordar este texto prodigioso estava faz tempo no horizonte, não só por aquilo que enuncia e pela sua intemporalidade – e como tal actualidade, mas também porque nele se projectava uma cumplicidade crescente de ideais e de pesquisa com o Fernando Mora Ramos, por conseguinte a vontade de uma parceria criativa entre o Teatro da Rainha e a Miso Music Portugal.
O “Discurso sobre o filho-da-puta” oferece-nos do ponto de vista musical uma quase partitura, pelas características com propriedades sonoras da escrita poética de Alberto Pimenta, e contém pois, desde logo, os elementos propícios a uma repartição por várias vozes, de um personagem simultaneamente uno e múltiplo.
Por outro lado, é ritual e conforma ironicamente, práticas comuns aos concertos de música erudita, tanto pelo protocolo exacerbado, como pela carga simbólica, mas também pelo rigor e a depuração do gesto, do gesto poético tornado gesto musical.
O “Discurso” acolhe assim um quarteto de actores, como se um quarteto de músicos se tratasse, quarteto de cordas vocais pois, para dar voz a um discurso coral no qual a palavra se faz música e se organiza em timbres, ritmos, harmonias, melodias; ora em uníssono, ou em homofonia, ou em heterofonia, ou em polifonia, ou em contraponto.
Assim mais do que ser música acrescentada ao texto poético de Alberto Pimenta, a música que aqui está em causa é sobretudo o reconhecimento e o desvendamento da música que o texto já contém, dando a ouvir diversamente, dando a ouvir de novo; e assumindo a palavra na sua vocalidade plena; e a voz falada nas suas extraordinárias possibilidades de emissão múltipla, sonoras e expressivas.
Miguel Azguime