CANTANDO ADMONT ensemble vocal • Formações Extraordinárias • Festas de Lisboa
Formações Extraordinárias • Festas de Lisboa 2022
O Ciclo Formações Extraordinárias da Miso Music Portugal propõe ao ouvinte ir à descoberta de mundos sonoros invulgares, projectos extraordinários e singulares criados entre compositores e intérpretes, nacionais e estrangeiros.
Desde sua fundação o CANTANDO ADMONT tem-se apresentado em Festivais de renome como Salzburgo, Bayreuth, Wien Modern… O programa deste concerto reúne a obra incontornável de Olivier Messian Cinq Rechant para 12 vozes com texto de sua autoria, cujo amor é o tema central; Herbst e A sei voci, 2 obras do singular compositor Beat Furrer e em estreia absoluta Language Building de Miguel Azguime, para 12 vozes, construída sobre frases de significados sobrepostos e “acordes” de significados onde se entrelaçam as características espectrais de várias línguas com o material harmónico escolhido; originando “todos os possíveis” para os recursos de produção e expressão vocal.
Beat Furrer A sei voci (for 6 singers) 10 min.
Olivier Messiaen Cinq Rechant (for 12 singers) 20 min.
intervalo
Miguel Azguime Language building (for 12 singers) 20 min.
“Commissioned by Miso Music Portugal funded by the. Ernst von Siemens Music Foundation.”
Beat Furrer Herbst (for 12 singers) 8 min.
CANTANDO ADMONT
CONDUCTOR CORDULA BÜRGI
SINGERS: FRIEDERIKE KÜHL, ANNA PIROLI, ELINA VILUMA – HELLING, LIZ IRVINE, MARIKO KAGEYAMA, HELENA SOROKINA, SUYOUNG HAM, SEBASTIAN TASCHNER, BERND LAMBAUER, MATIAS BOCCHIO, MARCELL ATTILA KROKOVAY, ULFRIED STABER
Like a shock the sudden inhalation in the first measure of “A sei voci” is followed by the stylized, distant cryof the first soprano, and a constantly transforming harmonic surface of minimally glissandi voices emerges. From the evolving interferences of these ascending and descending quiet glissandi, a regular pulsa8on develops, gradually creating a speaking language. The two-dimensional structure, constantly accelera8ng, breaks up in the later course, leaving behind a melodicism in expressive gestures that increase to a scream, in the highest notes of the soprano.
A general pause is followed by a text ar8culated in unison chords, which loses itself in a widening space oftriads in Alessandro Striggio's "dolce oblio" un8l the end.
Alessandro Striggio has created an expressive template in this text for the opera “Orfeo”, whichMonteverdi did not include in the opera. “A sei voci” is a composed cry of the bacchantes.
"Autumn" is based on a text excerpt from "De Natura rerum" (“On the Nature of Things”) the great literarywork by Lucre8us. It describes the autumnal starry sky. As it were from afar, the dramatic events are viewed in “A sei voci”: the same harmonic progression, without glissandi, appears ina double-choir form reduced to triads. Beat Furrer, 09.05.2022
O extraordinário ensemble vocal austríaco Cantando Admont, especialista de música antiga e de música contemporânea, dispensa certamente apresentações, e traz-nos para este concerto no Centro Cultural de Belém, um programa construído a partir da incontornável obra de Olivier Messiaen “Cinq Réchants” (de 1948 com textos do próprio compositor, entre o francês e uma língua inventada para enaltecer feiticeiros e feiticeiras da cultura mítica europeia: Tristão e Isolda, Ariana, Orfeu, Merlin, ...) para justamente explorar as afinidades electivas entre o grande mestre francês e os compositores Beat Furrer e Miguel Azguime.
De Beat Furrer, figura proeminente da composição da actualidade, ouviremos duas obras à cappella, “Herbst” (de 2015 com textos de Lucretius) e “A Sei Voci” (de 2017 com textos de Claudio Monteverdi provenientes de Orfeo e Coro delle Baccanti). Com esta última obra, Furrer liga-se a Messiaen num cruzamento de linguagens míticas e híbridas, onde o semântico e o fonético se confundem, e aqui vamos encontrar a obra de Miguel Azguime, expressamente composta para Cantando Admont e que terá neste concerto a sua estreia absoluta. Nesta obra, com textos do próprio compositor, o título “Language Building” (2020) dá-nos a pista suficiente para podermos acompanhar a exploração que Azguime vem conduzindo à muitos anos nas relações entre música e texto, ou melhor "texto enquanto música e música enquanto texto” através da escrita de um texto multilingue (em português, francês, inglês e alemão) que em parte já é a própria música, e no qual o compositor procurou propriedades fonéticas comuns as estas 4 línguas, a fim de construir frases sobrepostas homófonas mas de significados diferentes.
CANTANDO ADMONT, Vocal Ensemble for Early and New Music
Aware of the need to give new impetus to the contemporary creaAon of vocal music and with the desire to let the rich repertoire of medieval, Renaissance and early Baroque music blossom again, the ensemble CANTANDO ADMONT was formed by dedicated singers under the direcAon of Cordula Bürgi. With enthusiasm and great commitment, the ensemble aims to revive the richness of the historical vocalheritage in contemporary creaAon.
We are firmly convinced that only through profound work on the repertoire of the past can contemporarycreaAon blossom again and be freed from the confines of specialization.
This seems to us to promise hope for a new departure, especially today.
CANTANDO ADMONT is based in Graz, where it has set itself the goal of establishing a new concert tradiAon with its own concert talk & solo cantando series.
Since its founding, the vocal ensemble has performed at renowned fesAvals and promoters such as the Salzburg and Bayreuth FesAvals, the Deutsche Oper Berlin, Wien Modern, MDI Milano and the Teatro Colón in Buenos Aires, the Konzerthaus Dortmund and other fesAvals. Among others, concerts will take place in 2022 with the Concertgebouw Orchestra, at the Acht Brücken FesAval in Cologne and in Amsterdam.Cantando Admont will also perform at the Musikverein Vienna, at the Resis FesAval in Spain, at the Inntaler Klangräume, at the Onassis Center in Athens, at the Munich Biennale and at the Musikprotokoll Graz. Anopera producAon at the Zurich Opera House is planned for 2025.
Regular collaboraAon with composers such as Beat Furrer, Youghi Pagh-Paan, Klaus Lang, Elisabeth Harnik,Peter Ablinger, Feliz Anne Reyes Macahis, Laure M. Hiendl, Marco Momi and others, as well as ensembles such as Klangforum Wien, Ensemble Kontrapunkte, Ensemble ARXIS, Ensemble dissonArt, EnsembleNikel, Ictus Enemble, etc. is an essenAal part of CANTANDO ADMONT.
co-produced by:
with the support of the Swiss Arts Council Pro Helvetia
with the support:
Sond'Ar-te Electric Ensemble • Formações Extraordinárias • Festas de Lisboa
Formações Extraordinárias
O Ciclo Formações Extraordinárias da Miso Music Portugal propõe ao ouvinte ir à descoberta de mundos sonoros invulgares, projectos extraordinários e singulares criados entre compositores e intérpretes, nacionais e estrangeiros.
Direcção de Guillaume Bourgogne
PROGRAMA
Rui Penha - "Uma peça apropriada" *
(flauta, clarinete, percussão (vibrafone e crotales), piano (midificado), violino, viola, violoncelo e electrónica)
Carlos Caires - “Propagation" *
(flauta, clarinete, piano, violino, violoncelo e electrónica)
Pedro Junqueira Maia - "DESDOBRAGEM Não é fácil falar das coisas que nos matam”
(flauta, clarinete, percussão, piano, violino, violoncelo)
Bruno Gabirro- "I'll know my song well"
(flauta, clarinete, piano, violino, violoncelo e electrónica)
estreia absoluta
Sond’Ar-te Electric Ensemble
Sílvia Cancela flauta
Nuno Pinto clarinete
Vítor Vieira violino
Jorge Alves viola
Filipe Quaresma violoncelo
João Casimiro Almeida piano
João DIas percussão
Miguel Azguime - desenho de som
Miso Studio - electrónica
Aduf&lectrónica de Rui Silva e Bruno Gabirro
FORMAÇÕES & INTÉRPRETES EXTRAORDINÁRIOS
Aduf&lectrónica de Rui Silva e Bruno Gabirro, em residência no O'culto da Ajuda no mês de Junho, apresentam em concerto o trabalho que têm vindo a realizar sobre o adufe com electrónica em tempo real, na forma de música escrita e improvisada.
Programa
Bruno Gabirro ~n (resposta a “slide to unlock” de Rui Silva) (2019)
Bruno Gabirro Duo para dois adufes (2021) *
Rui Silva Reverb (2019)
Bruno Gabirro Harmoniemusik (2019/21)
Rui Silva Caleidosópio de ritmos tradicionais (2019)
Rui Silva e Bruno Gabirro Delay (2019)
Steve Reich Clapping Music (1972)
* estreia
Aduf&lectrónica é um projecto que procura trazer o adufe para a tradição da música erudita. Apesar de fazer parte do nosso imagin rio colectivo como povo, mesmo fora das regi es de onde aut ctone, o adufe ficou circunscrito, salvo uma ou outra situação excepcional, musica de tradição popular de onde é originário. Se essa condição acabou por lhe conferir uma aura mítica, tem-lhe retirado também verdadeiras possibilidades de desenvolvimento e expansão enquanto instrumento em si, ou seja, tanto na técnica instrumental como na construção inclusão de electrónica, em particular de electrónica em-tempo-real, surge de forma natural na exploração e descoberta das possibilidades do adufe e no seu tratamento, dentro de uma tradição musical onde a electrónica se foi desenvolvendo desde há já um século, tendo tido grande expansão nos últimos 50 anos e sendo hoje parte activa e integrante da prática e pensamento musical erudito. Permite também criar uma ligação com a história e tradição do adufe, através de registos fotográficos existentes e como ligação entre dois mundos musicais, que sendo ambos música, são díspares em muitos aspectos. Propomos assim um projecto que tendo como objectivo final a apresentação em concerto de novas pe as para adufe e electrónica, engloba não só a escrita e execução pública dessas mesmas peças, mas também todo um trabalho de experimentação e pesquisa, seja em estúdio, na relação entre compositor e instrumentista, seja no contacto directo com as adufeiras e grupos de adufeiras que têm mantido vivo o adufe e a sua tradição. Dado o caácter inédito, investigativo e de work-in-progress do projecto, o trabalho tem sido desenvolvido desde 2019, em várias residências artísticas, momentos de estúdio e concertos.
Rui Silva e Bruno Gabirro
Recital Vítor Vieira violino
FORMAÇÕES & INTÉRPRETES EXTRAORDINÁRIOS
RECITAL ANTENA 2
Recital Vítor Vieira – violino solo
O’culto da Ajuda, 9 de Junho – 19h30
Programa
Béla Bartók – “Sonata para Violino Solo”
António Chagas Rosa – “Recifes”
Miguel Azguime – “Point Vermeil” *
* - estreia absoluta
Vitor Vieira é membro do Quarteto de Cordas de Matosinhos (QCM) e professor na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Porto e na Academia de Música de Lisboa. Com o QCM tem vindo a apresentar-se nas principais salas e festivais de música em Portugal e a colaborar com destacados instrumentistas, como os pianistas Pedro Burmester, António Rosado e Miguel Borges Coelho, o percussionista Pedro Carneiro, os violetistas Tatjana Masurenko e Máté Szucs e os violoncelistas Paulo Gaio Lima e Lázló Fenyo. Seleccionado pela European Concert Hall Organization como Rising Star da temporada 2014/15, o QCM apresentou-se numa tournée de 16 concertos em algumas das mais importantes salas de concerto europeias, como o Barbican Center em Londres, o Concertgebouw em Amsterdão e o Musikverein em Viena. Os seus alunos têm sido premiados em concursos como o Prémio Jovens Músicos, Concurso Vasco Barbosa, Concurso Capela e Concurso Internacional Cidade do Fundão.
Vitor Vieira estudou com os professores Alberto Gaio Lima, Aníbal Lima e Gerardo Ribeiro, do qual foi também assistente na Northwestern University (Chicago). Trabalhou também com professores como Alexei Mikhline, Sergey Kravchenko, Eduard Wulfson e Mauricio Fux. Realizou estudos especializados de quarteto de cordas com Rainer Schmidt, violinista do Quarteto Hagen, e trabalhou com membros dos quartetos Alban Berg, Lasalle, Melos, Emerson e Vermeer. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Obteve o 1º Prémio de Violino em nível médio e superior no concurso Prémio Jovens Músicos da RDP. Foi também vencedor do concurso para cordas Samuel Thaviu, em Evanston, e da Concerto Competition da NU. Apresentou-se a solo em algumas das principais salas do país, nomeadamente os grandes auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural de Belém, Culturgest e Casa da Música com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Metropolitana de Lisboa e Orquestra de Câmara Portuguesa.
Vitor Vieira é um entusiasta da música contemporânea, tendo trabalhado diretamente com compositores como John Adams e Karin Renquist. Como membro do QCM estreou obras de vários compositores portugueses: Carlos Azevedo, Carlos Guedes, Fernando Lapa, Vasco Mendonça, Miguel Azguime, Eurico Carrapatoso, António Chagas Rosa, Nuno Corte-Real, António Pinho Vargas, Álvaro Salazar, Sérgio Azevedo, Paulo Ferreira-Lopes, Eduardo Patriarca, Telmo Marques, Fernando Valente, Igor Reina, Filipe Lopes, Luis Soldado, Adérito Valente, Francisco Monteiro e Daniel Martinho. É também membro permanente do Sond’Ar-te Electric Ensemble.
Apoio: EGEAC
reservas oculto@misomusic.com
a entrada para os espectáculos é por donativo consciente
Morada:
Travessa das Zebras, nº 25, (à Calçada da Ajuda), 1300-589 Belém, Lisboa, Portugal
GPS Latitude=38.699070 Longitude=-9.198810